sábado, 20 de outubro de 2007

Olá!

Wizard Animation

História da Maria Castanha

O céu estava cinzento e quase nunca aparecia o sol, mas enquanto não chovia os meninos iam brincar para o jardim.


Um jardim muito grande e bonito, com uma grade pintada de verde toda em volta, de modo que não havia perigo de os automóveis entrarem e atropelaremos meninos que corriam e brincavam à vontade, de muitas maneiras: uns andavam nos baloiços e nos escorregas, outros deitavam pão aos patos do lago, outros metiam os pés por entre as folhas secas e faziam-nas estalar – crac,crac - debaixo das botas, outros corriam de braços abertos atrás dos pombos, que se levantavam e fugiam, também de asas abertas.
Era bom ir ao jardim. E mesmo sem haver sol, os meninos sentiam os pés quentinhos e ficavam com as bochechas encarnadas de tanto correr e saltar.

Uma vez apareceu no jardim uma menina diferente: não tinha bochechas encarnadas, mas uma carinha redonda, castanha, com dois grandes olhos escuros e brilhantes.

- Como te chamas? – perguntaram-lhe.
- Maria. Às vezes chamam-me Maria Castanha .
- Que engraçado, Maria Castanha! Queres brincar?
- Quero.
Foram brincar ao jogo do apanhar.
A Maria Castanha corria mais do que todos.

- Quem me apanha? Ninguém me apanha!
- Ninguém apanha a Maria Castanha!

Ela corria tanto. Corria tanto que nem viu o carrinho do vendedor de castanhas que estava à porta do jardim, e foi de encontro a ele.
Pimba!

O saco das castanhas caiu e espalhou-as todas à reboleta pelo chão.
A Maria Castanha caiu também e ficou sentada no meio das castanhas.

- Ah. Minha atrevida! – gritou o vendedor de castanhas todo zangado.
- Foi sem querer – explicaram os outros meninos.
- Eu ajudo a apanhar tudo – disse Maria Castanha, de joelhos a apanhar as castanhas caídas.
E os outros ajudaram também.
Pronto. Ficaram as castanhas apanhadas num instante.
- onde estão os teus pais? – perguntou o vendedor de castanhas à Maria Castanha.
- Foram à procura de emprego.
- E tu?
- Vinha à procura de amigos.
- Já encontraste: nós somos teus amigos – disseram os meninos.
- Eu também sou – disse o vendedor de castanhas.
E pôs as mãos nos cabelos da Maria Castanha, que eram frisados e fofinhos como a lã dos carneirinhos novos.
Depois, disse:
- Quando os amigos se encontram é costume fazer uma festa. Vamos fazer uma festa de castanhas. Gostam de castanhas?
- Gostamos! Gostamos! – gritaram os meninos.
- Não sei. Nunca comi castanhas, na minha terra não há – disse Maria Castanha.
- Pois vais saber como é bom.
E o vendedor deitou castanhas e sal dentro do assador e pô-lo em cima do lume.
Dali a pouco as castanhas estalavam… Tau! Tau!
- Ai, são tiros? – assustou-se a Maria Castanha, porque vinha de uma terra onde havia guerra.
- Não tenhas medo. São castanhas a estalar com o calor.
Do assador subiu um fumozinho azul-claro a cheirar bem.
E azuis eram agora as castanhas assadas e muito quentes que o vendedor deu à Maria Castanha e aos seus amigos.
- É bom é – ria-se Maria Castanha a trincar as castanhas assadas.
- Se me queres ajudar podes comer castanhas todos os dias. Sabes fazer cartuchos de papel?

A Maria Castanha não sabia mas aprendeu.
É ela quem enrola o papel de jornal para fazer os cartuchinhos onde o vendedor mete as castanhas que vende aos fregueses à porta do jardim.

O rato Cinzentinho e o computador




Personagens:


* Rato Cinzentinho
* Ecrã
* Impressora
* Microfone
* CPU
* Colunas
* Teclado
* Meninos da Escola
* Professora Alda










Era uma vez, um ratinho de computador chaqmado Cinzentinho que
vivia numa escola em Leiria com os seus amigos – O CPU, o Teclado, as
Colunas, o Microfone, a Impressora e o Ecrã.
Um dia, a Professora Alda mandou os meninos irem para o
computador, pesquisar na internet sobre o Natal para fazerem uma história.
A Marlene, o Diogo, a Mariana e a Ana Rita ficaram muito felizes porque
costumavam utilizar pouco o computador. E o Cinzentinho também ficou
muito animado porque os meninos iam finalmente passar uma manhã inteira
com ele.
A professora dividiu a turma em grupos de quatro.
O primeiro grupo chegou perto do computador, o David ligou-o à
electricidade e o João Miguel ligou o CPU, o ecrã, as colunas e a impressora.
Depois de os meninos estarem muito bem instalados à frente do
computador, decidiram que era o Vitor Hugo que o ia começar a utilizar.
Com o Cinzentinho, o Vitor Hugo abriu uma págian da internet e foi
até ao Google fazer uma pesquisa. Mas, foi a Vera que escreveu a palavra
Natal e iniciou a pesquisa.
O computador vendo que a Vera era uma menina muito bem
comportado ajudou-a a fazer uma pesquisa sobre o Natal.
No computador apareceu uma lista de muitos sites onde se podia
encontrar a palavra Natal. A Vera escolheu um site que se chamada
Wikipédia, que tinha muitas informações sobre o significado da palavra
Natal. No início da página dizia que era nessa altura que se celebrava o
nascimento de Jesus e também falava do Presépio, da Árvore e das
Decorações de Natal.
Nesse momento, todos os meninos disseram que já tinham feito já
tinham feito as decorações nas suas casas e na escola.
Ao ver aquela confusão, a Professora disse:
- Está na altura de ir outro grupo para o computador!
A Cátia, o Denis, a Flávia e o João muito satisfeitos foram ocupar
as cadeiras à frente do computador. Os meninos decidiram que em
primeiro lugar iam abrir o Word, que era o programa que servia para
escrever a história que a professora mandou. E, finalmente, chegaram
a um acordo e escolheram para nome do trabalho: “O Cinzentinho e o
Natal.”
A Professora Alda foi ver o que os meninos já tinham feito no
computador e perguntou:
- Meninos, já pode ir outro grupo?
E os meninos responderam:
- Sim, senhora professora. E levantaram-se e foram para o seu
lugar.
Então, a Professora chamou o Bruno, a Rafaela, o Kevin e a
Jessica para irem para o computador para acabarem o trabalho.
Estes meninos, que eram muito atentos, escreveram esta
história que acabaram de ler (ou quase toda). No final, guardaram a
história no computador e foram para o seu lugar fazer um desenho
sobre o Cinzentinho e o Natal.
O cinzentinho ficou muito contente porque os meninos tinham
passado a manhã toda ao computador e lhe tinham feito um desenho
muito engraçado.
TRANGLOMANGLO


Minha mãe teve dez filhos
todos dez dentro de um pote:
deu o tranglomanglo neles,
e não ficaram senão nove

Desses nove que ficaram
foram amassar biscoito:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão oito.

Desses oito que ficaram
foram pentear o tapete:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão sete.

Desses sete que ficaram
foram esperar os reis:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão seis.

Desses seis que ficaram
foram depenar um pinto:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão cinco.

Desses cinco que ficaram
foram depenar um pato:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão quatro.

Desses quatro que ficaram
foram matar uma rês:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão três.

Desses três que ficaram
foram dar comida aos bois:
deu o tranglomanglo neles,
não ficaram senão dois.

Desses dois que ficaram
foram matar um perú:
deu o tranglomanglo neles,
e não ficou senão um.


E esse um que ficou
foi ver amassar o pão:
deu o tranglomanglo nele,
e acabou-se a geração.

sábado, 6 de outubro de 2007



Onde está o Gato?



Os burros tocam viola,
Os ratos varrem a rua,
As meninas usam barba,
Eu vivo na lua.

Os carapaus têm lã,
As galinhas têm espinhas,
As vacas dão Coca-cola,
E chocolates as vinhas.

Os gatos calçam sapatos,
Olha a trança das serpentes,
As moscas falam francês,
Os galos lavam os dentes.

As casas voam no ar,
As nuvens dormem no chão,
Os olhos fazem chichi
E crescem rosas na mão.

Miúdo que estás a ouvir-me,
Pois tens orelhas de rã,
Diz lá o que está errado
Ou faço queixa à mamã.






Luísa Ducla Soares
in Conto estrelas em ti, Campo das Letras



A Sementinha

A Sementinha










Esta é a história de uma sementinha que vivia dentro do caroço de uma maçã.-Ai de mim! será que vou ficar aqui para sempre? Está tanto calor! acho que vou secar e morrer.






































E ali ficou a sementinha a dormir escondida, por entre as folhinhas verdes.



















Quando a sementinha acordou, estava de novo no ar. O vento forte levou-a para muito perto do galinheiro e da horta que o João ajudava a tratar.-Ai a minha vida!! Não quero acabar na barriga de uma galinha - choramingava ela, muito aflita.











De repente apareceu o João, que andava a sachar a terra e como era muito distraido, nem reparou que, sem querer, lançou terra por cima da sementinha, enterrando-a.

















-Ah! Assim, sim! Este é o lugar para mim! - exclamou a sementinha, muito contente.A sementinha sabia que estava a crescer. Começava a ganhar raizes para se segurar bem à terra.
















O tempo foi passando...Todos os dias, se não chovesse, o João ia até a casa da sementinha e regava-a. só que agora já lhe tinha crescido um pequeno caule com lindas folhinhas.Transformara-se numa linda planta que o João queria que fosse só sua.













O João cresceu, mas a planta cresceu mais ainda e transformou-se numa bonita macieira que dá maçãs vermelhas deliciosas e doces.Cuidem bem da Natureza...E podem crer que ela vos surpreenderá...